O tema é recorrente. Aliás por cá já se tinha feito um estudo (Do Campo ao Garfo - Desperdício Alimentar em Portugal), que até deu origem a um óptimo artigo da Alexandra Prado Coelho, no Público, e que na altura me deixou incomodado, sobretudo com esta conclusão: "(...) mas, se somarmos o que cada um de nós, consumidores, deitamos fora, percebemos que estamos a contribuir para o milhão de toneladas de alimentos que anualmente são desperdiçados em Portugal. Um valor que corresponde a 17% do que o país produz". Afinal os nossos números até são modestos.
É que agora, em Inglaterra, foi publicado um outro estudo sobre o desperdício alimentar que revela muito sobre a estupidez humana (para ser curto e grosso). Basicamente, segundo este artigo de Marisa Soares, de novo no Público (ou neste de Rebecca Smithers no Guardian), 30% a 50% dos alimentos produzidos no mundo acabam no lixo. É um absurdo. Ou melhor, mais do que um absurdo ou imoral é muito estúpido. Mesmo.