Que ninguém fique preocupado, porque o objectivo não é mudar as características que tornaram célebre o restaurante, que em tempos chegou a ter uma estrela Michelin, mas sim melhorar certos aspectos da cozinha, nomeadamente as guarnições e os molhos. “O meu trabalho não é introduzir novas receitas, não é modificar a identidade da casa, mas sim fazer uma certa actualização de métodos e equipamentos, bem como seleccionar melhor alguns ingredientes, como os legumes, por exemplo”, explicou Miguel Laffan ao Mesa Marcada, o chefe que os proprietários do Porto de Santa Maria convidaram para esta tarefa, que passa por um vultuoso investimento na renovação e reequipamento do espaço da cozinha, que deverá estar concluído em Janeiro.
“O Porto de Santa Maria sempre foi um restaurante de referência para mim, porque sou de Cascais e a minha mãe tem casa a dois quilómetros dali, por isso estou muito satisfeito com este convite”, conta Miguel Laffan, hoje chefe do L’And, em Montemor-o-Novo, para o qual no ano passado conquistou uma estrela Michelin. Sobre o seu trabalho no conhecido restaurante situado sobre o mar do Guincho, que, mesmo depois da perda da estrela há cerca de seis anos, continua um dos mais bem frequentados do País, com clientes fiéis a pratos como o peixe ao sal ou no pão (na foto, de divulgação) revela que se vai prolongar por “alguns anos”. Até porque os proprietários do Porto de Santa Maria vão também apostar num novo conceito, que dá pelo simpático nome de Barbatana, o qual, baseado nos produtos do mar português, apresenta propostas de cozinha mais contemporânea. A primeira unidade Barbatana tem abertura prevista para Fevereiro de 2015, no Centro Comercial das Amoreiras, em Lisboa, e pretende expandir-se para outros pontos do País e internacionalizar-se.