No meio do alvoroço da semana passada, com o anúncio das estrelas Michelin, foi também eleito o Chefe Cozinheiro do Ano 2013, na minha opinião o mais sério concurso que se realiza, há mais de 20 anos, nesta área em Portugal, organizado pelas Edições do Gosto. O eleito foi André Silva (na foto, das Edições do Gosto), que trabalha ao lado de Vítor Matos (ele próprio vencedor desta competição há precisamente dez anos) na Casa da Calçada, em Amarante, que viu este ano de novo confirmada a sua estrela Michelin. É mais uma forma de chamar a atenção para o óptimo trabalho que se tem vindo a desenvolver por aquelas bandas, tantas vezes esquecidas em favor do que se vai fazendo por Lisboa, Porto e Algarve.
André Silva convenceu um júri cuja composição diz bem do grau de exigência da prova: Nuno Mendes, chefe de cozinha do restaurante londrino Viajante, José Avillez, do restaurante Belcanto, Matteo Ferrantino, do Vila Joya, Paulo Pinto, do Hotel Real Vila Itália e capitão da Equipa Olimpica de Culinária Sénior e Helmut Ziebell. O júri técnico foi composto pelos chefes António Bóia, do restaurante Rio’s e capitão da Equipa Olimpica de Culinária Júnior, Nuno Diniz, da York House, e Orlando Esteves. Como júri técnico de higiene e segurança alimentar Mistolin esteve presente André Saraiva.
Além disso, enfrentou os sete outros concorrentes que reuniram as pontuações mais altas das etapas regionais que antecedem esta prova nacional, que decorreu na Escola de Hotelaria do Estoril. Aqui ficam os seus nomes: António Loureiro, Meliá Braga, Filipe Brito, Hotel Myriad by Sana Hotels, Ivo Brandão, Hotel Palácio Estoril, Jorge Sousa, Hotel Tiara Park Atlantic Porto, José Botelho, The Lake Resort, Ricardo Raimundo, Escola de Hotelaria de Fátima, e Ricardo Simões, restaurante Panorama no Sheraton Lisboa Hotel & Spa.
Cada concorrente teve seis horas para confeccionar um menu composto por entrada ovolactovegetariana, prato de carne, prato de peixe e sobremesa. Bacalhau salgado seco da Noruega, cachaço de porco rosado e morangos do Brejão foram os produtos de uso obrigatório nos menus a apresentar por cada concorrente. O menu do vencedor foi composto por quatro pratos: tortellini de requeijão (entrada), Bacalhau à Universal (prato de peixe, uma homenagem que se faz na Casa da Calçada a João Ribeiro, o célebre chefe do Hotel Aviz, quando lá viveu Calouste Gulbenkian), porco rosado (prato de carne) e morangos do Brejão (sobremesa).
Fora o prestígio de ganhar este concurso, André Silva teve direito a um prémio de mil euros e a um estágio de um mês no D.O.M., o conhecido restaurante do chefe Alex Atala, em São Paulo. Mas, digo eu, o melhor prémio será o de contribuir para que se venha a conhecer melhor a óptima cozinha que se está a fazer na Casa da Calçada.
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O novo Chefe Cozinheiro do Ano
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