Uma das minhas grandes falhas é voltar poucas vezes aos restaurantes de que gosto, tantas são as solicitações para conhecer novos espaços que vão abrindo, com crise ou sem ela. Uma excepção tem sido o Umai, de Anna Lins e Paulo Morais, onde vou com mais frequência. Por ser próximo de minha casa, porque a minha mulher gosta muito de lá ir, por ser uma cozinha mais “saudável” e relativamente em conta (as noites de quarta-feira, de “mercado”, são imbatíveis) tenho acompanhado o extraordinário crescimento deste restaurante.
Fui lá jantar na sexta-feira, reservando com a devida antecedência, depois de ter tentado marcar sem sucesso, ao fim de tarde de um dia da semana, quando já não havia lugares. Sala cheia de gente feliz e animada, de boa onda, com o Paulo Morais a percorrer incansavelmente as mesas, pratos a saírem rapidamente, impecáveis, serviço sempre atento e simpático. Como sempre, sai de lá (por volta das 22.15h, com gente à espera de mesa) também eu feliz, acompanhado por amigos que não conheciam o restaurante e que prometem voltar.
Quando o Umai abriu, tive algum receio - sobretudo pela localização e por ser relativamente pequeno e sem atractivos decorativos - que mais uma vez não fosse neste local que se fizesse justiça ao trabalho de Anna Lins e Paulo Morais, até porque eles têm um feitio algo reservado. Agora, parece-me que já têm clientes para um espaço bem maior, principalmente se estiver num local com mais visibilidade.
Outra coisa, antes que me esqueça: nunca fui ao Umai sem ter lá encontrado um dos dois chefes. Será que isso tem alguma coisa a ver com o merecido êxito que estão a obter? Desconfio que sim.