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Reacções dos novos chefes com estrela Michelin

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Chefes catalães, entre os quais Joan Roca e os irmãos Torres (ao centro), discutem as novidades do novo guia Michelin, anunciado hoje em Barcelona. Fotografia do Miguel Pires que também anda por cá

 

Desde que acompanho o assunto, não me lembro de ano em que a Michelin tenha sido tão generosa com Portugal. É claro que acho que havia outros restaurantes que eu acho que mereciam mais uma estrela, como o Panorama Sheraton, a Fortaleza do Guincho e o Vila Joya, mas já fico muito contente com termos mais um duas estrelas no país, o Porto (mais precisamente V. N. de Gaia) ter a sua, ao fim de tantos anos (creio que, anteriormente, só o Portucale), Lisboa ter a ganho uma e o histórico Tavares, recompensando esse excelente cozinheiro que é Aimé Barroyer, ter mantido a sua. Quanto ao único que perdeu, o Amadeus, em Almancil, parece que fechou de vez.
Quando o Mesa Marcada deu as boas notícias aos chefes, via telefone a partir de Barcelona, onde o Guia Michelin Espanha & Portugal 2012 foi anunciado esta noite, as reacções foram diferentes. José Cordeiro, do Feitoria (Altis Belém, Lisboa) manteve-se calmo, disse que já não estava à espera e pensou que viria no ano passado. Mas vai festejar, porque “é bom para a cozinha portuguesa e para Lisboa”. Reservado como do costume, Ricardo Costa, do Yeatman (Vila Nova de Gaia), confessou que estava ansioso, mas muito satisfeito, como se percebia pela voz, por ver o seu trabalho reconhecido. Também vai festejar, embora ainda tivesse “muito trabalho” nesta noite, já que ainda eram horas de jantar.
Muito efusivo foi o chefe austríaco Hans Neuner, no Ocean, do Vila Vita Parc (em Armação de Pêra), que depois de perguntar se não estávamos a brincar, deu berros de alegria. juntamente com quem estava com ele, possivelmente numa cozinha. Prometeu uma “grande festa” e continuou aos berros...Quanto a Aimé Barroyer, também pareceu muito satisfeito e disse que já pensava possível manter a estrela (conquistada há dois por José Avillez, que saiu do Tavares no início deste ano.
Quanto a Espanha, os muitos jornalistas e críticos presentes no fabuloso hotel El Palace, em Barcelona, ficaram mais uma vez espantados e zangados por ver que o seu número de restaurantes três estrelas baixou de sete para cinco, sem nenhuma novidade no topo. Uma dessas perdas já era conhecida, já que o El Bulli encerrou. Mas foi também na Catalunha que se deu a pior “queda”, do Can Fabes, de Santi Santamaria (que morreu em Fevereiro deste ano), já há mais de um ano pilotado por Javier Pellicer (que veio do Àbac de Barcelona), que passou de três para duas estrelas. Já no Àbac ganhou a segunda, agora tendo Jordi Cruz à frente, bem como dois em Madrid: o Diverxo, sempre muito na moda, e a Club Allard. A Hacienda Benazuza, perto de Sevilha, que tinha Ferran Adriá como consultor e duas estrelas, fechou. No nível de uma estrela, há 13 novos e 11 que perdem, entre eles o Drolma, de Barcelona, que também fechou, e o La Broche, de Madrid, o antigo de Sergi Arola. Nas novidades, destaque para a Casa Marcelo, em Santiago de Compostela, um óptimo restaurante que perdeu a estrela no ano passado e agora a recuperou. Mais um “mistério” daquele que continua a ser o mais influente guia gastronómico do mundo. Bem, depois do Lisboa à Mesa do Miguel Pires…


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