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Lisboa à Mesa - Guia Onde Comer. Onde Comprar

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A proposta


Em Novembro de 2010 um amigo, profissional exigente, perguntava-me: «Pires, queres escrever um guia de restaurantes de Lisboa? Há uma editora muito interessada no projecto». «Um guia? E quantas pessoas vão trabalhar no projecto?», perguntei, imprudentemente. «Tu!»

É preciso ter apetite, estômago, alguma fé e uma certa inconsciência para aceitar um desafio destes sozinho. Fiquei a matutar sobre o assunto e fiz algumas contas de cabeça. Ora no último ano e meio devo ter estado em mais de uma centena de restaurantes de Lisboa. Com dedicação à causa, é possível em seis, sete meses experimentar outros 100 e assim chegar uma lista de 150/200 restaurantes.

 

Por que não?


Há mais de 20 anos que vagueio por esta cidade que amo (com todos os seus defeitos e virtudes) e muitos desses passeios foram realizados em busca de restaurantes, cafés, tascas, esplanadas, produtos, ingredientes, aromas e culturas diferentes. Esta era uma nova oportunidade, com um objectivo concreto, para continuar a sentir o pulso à cidade e continuar a conhecer as diferentes «Lisboas» que existem em Lisboa. Não havia como não aceitar o desafio.

 

Onde comer, onde comprar – um guia com opinião


A proposta é simples. Escrever um guia para foodies e aspirantes a tal. Um guia dirigido a um público abrangente que se interessa por restaurantes mas que gosta também de cozinhar e de sair em busca de ingredientes e de gourmandises.

Como já há uns anos que escrevo criticas gastronómicas para várias publicações, queria imprimir um registo próprio, de autor, com opiniões expressas sobre os locais seleccionados.

 

O factor X


Apesar deste posicionamento diferenciador, era importante ter algo mais para dizer sobre os locais. Nasceu então a ideia de indicar em todas (ou quase todas) as entradas, um factor X, uma espécie de valor gastronómico acrescentado. Pode ser um segredo, uma piada, um fait divers, uma sugestão, uma receita, um produto, uma pessoa que frequenta o local, a melhor mesa, etc.

 

Ordenação por tags


Pretende-se que um guia seja um objecto útil e por isso apostei também nos índices. Ou seja, para além de listas por ordem alfabética, zonas geográficas e preços, apresento ainda várias ordenações por diversas características a que dou o nome de tag (um termo roubado à web, curto e abrangente).

Em termos de zonas geográficas, com o apoio do geógrafo urbano, João Seixas, dividi a cidade em 15 zonas e recorri a nomes de fácil identificação (freguesias, bairros, nomes oficiais, nomes populares, eixos viários, etc.).

 

Favoritos e «mínimos olímpicos»


Os cerca de 300 locais que constam neste guia foram percorridos por mim, nos últimos dois anos. Alguns são visita habitual de há muito e outros surgiram a partir de sugestões de amigos e de noticias da imprensa. Outros ainda, estão cá simplesmente porque tropecei neles ao acaso e gostei. Nem todos são fantásticos, mas todos têm características que me fizeram considerá-los: cumprem, pelo menos, os «mínimos olímpicos» e têm personalidade própria. Entre todos, distingo e dedico mais espaço a 50 restaurantes (e afins) e 25 lugares de compra. São os meus favoritos.

 

Presenças, ausências e incongruências


Apesar de ter percorrido uma boa parte de Lisboa, é normal que o leitor ache que falta este ou aquele lugar e não concorde com esta ou aquela presença. Procurei a diversidade e pretendi ser abrangente, mas não exaustivo. E sendo este um guia de autor, o mesmo exprime os meus gostos, vivências, valores, defeitos e incongruências.

Por falar em incongruências há dois outsiders nestas páginas. Dois bares que resolvi incluir propositadamente: o Cinco Lounge, que não serve comida, e o British Bar, onde a pouca comida que há, é má. Porquê? Porque sim (bom… a resposta está no guia).

Com uma ou outra excepção, privilegiei locais mais personalizados, pelo que optei por não incluir cadeias de supermercados nem cadeias de restaurantes (que por vezes frequento), embora reconheça que muito se evoluiu neste domínio.

Lojas de acessórios e de vinhos ficarão também para uma futura edição.

 

Preço médio e a actual conjuntura


Todos os restaurantes têm a indicação de um intervalo de preço médio. Salvo informação em contrário, o intervalo apontado refere-se a uma refeição à carta, com bebida e ao jantar.

Procurei restaurantes de todas as faixas de preços porque apesar da actualcrise económica, continuará a existir, em Lisboa, público para todo o tipo de restaurantes. No entanto, não podia ser insensível à actual conjuntura e por isso tive o cuidado de procurar locais com preços acessíveis, como se poderá verificar no quadro abaixo, em que metade dos restaurantes indicados se situa abaixo dos 25 €.

 

Até 15€

15€/25€

25€/35€

35€/50€

+50€

19%

32%

26%

18%

5%

 

Acompanhe-nos e contacte-nos

 

É provável que no período de vida útil deste guia alguns dos locais referenciados venham a fechar portas. Em lisboamesa.wordpress.com poderá acompanhar as notícias nesse sentido.

 

Este texto, que funciona como uma espécie de carta de intenções, é parte (quase) integral da introdução que escrevi no livro e que o Duarte Calvão teve o bom senso, perdão, a amabilidade de prefaciar.

 

Pronto agora vou plantar uma árvore e ver se faço um filho. 

 

 

Nota: o livro encontra-se à venda nas principais livrarias, podendo também ser adquirido nas lojas online, WookBertrand e Fnac

 


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