Há muito que tenho um fascínio por flores de curgete. Visualmente são apelativas, envolvidas em polme e depois fritas, são uma iguaria única. Inicia-se agora a sua época e aqui e ali começam a aparecer à venda. A Maria José da Quinta do Poial tem-nas no mercado do Príncipe Real, quando nenhum dos chefes que tem como clientes as surripiam todas de véspera. Estas vieram da horta de uns vizinhos dos meus pais, em Rio Maior (como me conhecem de pequeno já se habituaram às minhas excentricidades. Quer dizer, mais ou menos) e são todas fêmeas, ou seja, derivam da própria curgete e não directamente do caule, como acontece com as macho. Vantagens? fiquei com uma dúzia de curgetes baby :).
Para cozinhá-las o ideal é fazer uma polme leve, como a da tempura, por exemplo, e recheá-las previamente com uma mistura de requeijão e hortelã, ou queijo feta, se se quiser um sabor mais intenso. Como a única coisa que tinha em casa era queijo fresco normal, arrisquei e ficou melhor do que esperava. Para a próxima vou experimentar com feta e fritá-las numa óleo com sabor mais neutro do que o azeite, que utilizei. Deixo-vos aqui a receita pela qual me orientei.