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Rui Paula com quebras de 60% na faturação devido ao coronavírus, apela para que se pressione as entidades competentes

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É sabido que um dos sectores que está a ser muito afectado pela crise do vírus COVID-19 é o da aviação, hotelaria, restauração e serviços associados ao turismo, em geral. No que diz respeito à restauração ouve-se alguns lamentos em surdina, mas dá a sensação de chefes e empresários não quererem fazer grandes alaridos, eventualmente para não alinhar no pânico e causar ainda mais prejuízos aos seus negócios.

 

Porém, há um caso (e provável que não seja o único), o de Rui Paula, o conhecido Chef da Casa de Chá da Boa Nova (2 estrelas Michelin, Dop e DOC, entre outros) que resolveu expor a sua situação abertamente, há instantes, no Instagram:

 

“Trabalho em hotelaria há 26 anos. Tudo que conquistei até hoje foi a pulso.

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Durante este período fui criando equipas coesas, implementei sempre formação e cumpri sempre com os ordenados compatíveis para quem trabalha muitas horas.

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Nunca falhei até ao dia de hoje com os pagamentos a fornecedores. Somos nesta relação empresa/fornecedores um exemplo a nível nacional. Quem me conhece e quem tem negócios comigo sabe do que estou a falar!

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Nunca pensei que esta pandemia viesse afetar os nossos negócios de uma maneira tão rápida e incisiva. Todos os nossos restaurantes estão a trabalhar a 100%, reforçamos todas as regras de HACCP e cuidados no contacto aos clientes.

Escrevo este texto nesta altura, porque estou à espera que o nosso governo tome medidas claras e objetivas no que respeita à restauração, para ajudar a ultrapassar esta crise.

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Se não forem tomadas medidas drásticas e de rápida implementação, metade dos estabelecimentos hoteleiros/restauração de Portugal fechará as suas portas. As empresas necessitam de estar minimamente saudáveis aquando da implementação dessas medidas e não já na fase de prejuízo, se não a recuperação após covid-19 será de extrema dificuldade.

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No nosso caso em concreto, sabemos que a quebra é já de 60% na faturação. Todos sabemos que desta faturação ainda tem que se descontar o IVA, nem vale a pena falar de todas as despesas inerentes ao negócio, como ordenados, segurança social, rendas, luz…….

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Os cancelamentos não param de chegar…. a minha previsão é que isto irá continuar até Junho/Julho, a correr bem!

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Nesta hora que vos escrevo, apelo a um conjunto de chefs, restauradores e hoteleiros que ergam as vozes e nos unemos na pressão às entidades competentes. Não é tempo de inércia, mas sim de ação! É urgente uma política concertada! -Chef Rui Paula”.

 

Publicado por Miguel Pires

 

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