Não me recordo de haver, uma expectativa tão grande no meio gastronómico em volta da abertura de um restaurante como a revelada em relação ao Noma 2.0., o espaço de Copenhaga que abriu no passado dia 16 e que sucede, num outro local da capital dinamarquesa, o famoso Noma, votado como o melhor restaurante do mundo da lista do W50Best, por quatro vezes (2010, 2011, 2012 e 2014).
Se o seu chefe e mentor Rene Redzepi há muito que era uma das personagens mais influentes do sector, desde que comunicou o fecho, a mudança de local e de conceito do restaurante, nunca mais deixou de ser o centro das atenções. É que Redzepi não é apenas um utilizador hábil das redes sociais (meio a que recorre frequentemente para mostrar/explicar os seus projectos e as suas ideias), ele é um líder nato, talentoso, com trabalho feito, que colocou um país e uma região gastronomicamente desinteressante nas bocas do mundo e cujo labor inspirou e continua a inspirar chefes e restaurantes um pouco por todo o lado.
Como já era conhecido a mudança de localização, não seria uma mera operação imobiliária. Redzepi queria reinventar-se e acabar, por exemplo, com a ideia de um menu de degustação em que o cliente passa pelas várias etapas tradicionais, dos snacks à carne, terminando com doces e café. Nesse sentido, a sua ideia para o novo Noma passava por torna-lo ainda mais sazonal.
Por exemplo, o menu de Inverno com que inaugurou o restaurante é dedicado aos produtos do mar, o de Primavera/Verão será vegetariano e o de Outono, irá focar-se na caça e em ingredientes selvagens de época.
Depois de ter colocado uma equipa a trabalhar no desenvolvimento de produto e novos pratos, durante um bom tempo e de ver as reservas para os primeiros meses esgotarem em menos de nada, Redzepi abriu então Noma 2.0 e as primeiras imagens apreciações não demoraram a surgir.