Até há poucos dias os fãs lisboetas dos doces da pastelaria Alcoa que não morassem em Alcobaça (ou não quisessem ir até lá) tinham duas hipóteses: ou encontravam-nos no El Corte Inglês, numa das lojas temporárias que, de tempos em tempos, tinham aí, ou esperavam pelo Peixe em Lisboa, onde são presença habitual (na zona de mercado) e têm feito furor com a sua doçaria portuguesa, boa parte de receituário conventual.
Porém, os adeptos têm agora um lugar permanente, em Lisboa, como conta, aqui, muito bem, a Francisca Gorjão Henriques do Público. Na verdade, há muito se sabia que a pastelaria ia existir, sendo inclusive conhecido o local, na Rua Garret, com a Rua Ivens, ao Chiado. Acontece, que o facto de terem tomado um espaço emblemático, a antiga loja da Casa da Sorte, classificada como património municipal, terá dificultado o processo.
Todavia, a bom porto chegaram e a contento de todos. Dos que, devido à alteração da natureza do negócio, temiam a adulteração excessiva do espaço concebido pelo Arq. Conceição e Silva (com painéis de azulejos de Querubim Lapa); e dos "agarrados" da Alcoa que não passam sem a sua dose de arte culinária, açúcar e ovos (e alguma farinha) - também conhecida pelos nomes de código, "cornucópia", "castanhas de ovos", "queijinho do céu", "pudim de São Bernardo", entre outros. Consta do menu, igualmente, o pastel de nata que alcançou o 2º lugar no concurso do Melhor Pastel de Nata de Lisboa de 2016. Aliás teme-se um duelo de titãs com vizinha Manteigaria pelo controlo do "tráfico" dos ditos pastéis, no Chiado.
Foto retirada do Região de Cister